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domingo, 29 de junho de 2008

Comidas, uma das boas coisas das viagens

Comidas

Umas coisas boas nas viagens, sem dúvida, é comer e beber. Em quase todos os meus escritos as dicas de bares e restaurantes são grandes e, sempre com algum nível de detalhe para permitir que você possa se deliciar, como eu, das coisas boas das farras gastronômicas e etílicas. Uma delícia de crônica li essa semana no Estadão, de Antonio Prata (que eu não conhecia e já gostei!) fala sobre as comidas perseguidas pela onda light que assola o planeta. Assino embaixo, em cima, ao lado e em todos os guardanapos dos botecos a sua "campanha" contra o tal "pensamento único" e em defesa da "preservação" da calabresa! Leia direto no blog de Antonio Prata, a crônica Pensamento Único. Não resisto em reproduzí-la inteira aqui embaixo...

Pensamento Único

Antonio Prata

"A calabresa está com os dias contados. É a próxima vítima na cruzada puritana que assola o Globo. Quando a última bituca for apagada no fundo do derradeiro copo de chope, pode anotar: eles virão atrás da lingüiça. A caçada, na verdade, já começou. Ontem à noite, num bar, uma garota em minha mesa resolveu desafiar o espírito do tempo e pedir ao garçom, sob olhares atônitos dos outros comensais, um sanduíche de calabresa. O resto da turma a olhou, incrédulo. Diante de suflês de abobrinha, saladas verdes e outros corolários anódinos do auto-controle, pareciam dizer, cheios de orgulho e inveja: você não sabe que não se pede mais esse tipo de coisa?! Por enquanto, a repressão é apenas cultural, mas é assim que começa. Em breve os carnívoros começarão a ser hostilizados em restaurantes. Depois, quem sabe, serão obrigados a usar estrelas vermelhas costuradas à roupa. Daí para os cercarem em guetos e você-sabe-bem-como-essa-história-termina é apenas um passo. A moda agora é das comidas funcionais. Suco de berinjela, salada de alfafa, meia uva com três grãos de gergelim... Tudo pelo bom funcionamento do sistema digestivo, como se fôssemos meras máquinas a serem reguladas. Daqui a pouco o garçom vai perguntar, enquanto toma nosso pedido: “quer que dê uma olhada no óleo e na água?”. Podem dizer que é para o nosso próprio bem. Que a gordura mata e o agrião salva. Amém. Acredito, no entanto, que a opção preferencial pelas fibras nada tem a ver com a saúde do corpo mas, sim, com uma doença da alma: o sabor está ficando démodé. Há uma espécie de ascetismo religioso nessa austeridade dietética. Um júbilo penitente pelo auto-controle. Segundo o novo moralismo alimentar, os gordos são preguiçosos, os carnívoros são lascivos e quem pede uma calabresa, de noite, na frente dos outros, só pode estar completamente fora de sintonia com a própria época. A questão é séria e requer uma atitude. Glutões de todo o mundo, discípulos de Baco, cultores do bom, do belo e do supérfluo, uni-vos: o prazer subiu no telhado. Ponham as carnes na grelha, aumentem o som, abram um vinho, reajam! Antes que seja tarde e o mundo se transforme numa barra de cereal. Light." (Antonio Prata)

sábado, 15 de setembro de 2007

Empadão em Pirinópolis



Em Goias, a 150 km de Brasília (DF) está essa bela cidade, antiga, histórica, desde os tempos da grande riqueza em ouro e que, hoje, é um espaço dos alternativos e de um turismo intenso.
Cidade muito charmosa que convida para uma relaxada total. Se não fosse, claro, o som que vem dos porta-malas dos carros, que como na Bahia, no Recife, ou em qualquer outro canto desse Brasil, invade a vida de todos.
Mas a viagem vale a pena.
E vale a pena mesma, comer um bocado de coisas gostosas como o famoso empadão, que você encontra em diversas lanchonetes espalhas pela cidade, e encontrei umas três delas na rua Direita.


Fiquei hospedado no Pouso do Frade, que não achei nada de espetacular mas é boa, estando muito bem localizada.

Em termos de restaurantes, Piri, como é carinhosamente chamada a cidade, pois uma boa oferta e o negócio é ir espiando as alternativas. Na rua do Lazer tem um monte de bares e restaurantes. Um deles, mais no alto da rua tem um som muito legal e uma cara bem simpática. Também recebi muito boas referências do meu colega Ronaldo, é o Le Bistrô, na Rua Direita.

Experimente uma espécie de castanha chamada Baru, que é de um árvore enorme da região e que é muito gostosa para acompanhar uma cervejinha. A história dessa sementinha é bem legal, e me foi contada por Pedro, marido de Mirza, uma colega de Goiânia. A fruta com o Baru ali dentro, cai no chão e as vacas ficam doidas atrás dela, pois adoram ficar chupando essa frutinha que tem uma camada docinha embaixo da casca. Depois dessa lambuzada, sobra uma semente de uma casca super dura e difícil de quebrar sem sem com algo muito duro e pesado. Lá dentro, depois de quebrada, aparece o tal Baru e... aproveite.

O restaurante Pirineus é um tradicional a quilo de comida goiana interessante. Sempre cheio de nativos e turistas.

Em Piri, uma das comidinhas interessantes e que tem em tudo que é canto são os tais caldos. Tem de tudo e são uma delícia.

Não fiz os famosos e pelo que contam deliciosos passeios pelas cachoeiras - que pelo que vi são muitas poraqui - pois fiquei internado em uma interminável reunião acadêmica. Mas, pelo que vi na cidade, existem várias agências que fazem os passeios, tendo uma ao lado da igreja.

Fique, para terminar, com uma mostra de imagens da cidade. Bons passeios.

Colaboradores